terça-feira, 31 de março de 2009

A insatisfação moderna

Um trecho de João Pereira Coutinho hoje na Folha:
A modernidade ofereceu-se aos Homens como projeto de construção secular. Por meio da Razão, seria possível conquistar a "sorte" que tanto afligia os gregos e realizar na Terra o que a cristandade medieval apenas prometia para o Reino dos Céus. A felicidade seria uma construção individual e progressiva rumo a um fim determinado. Paradoxalmente, essa ideia libertadora apenas trouxe o seu reverso: se a felicidade era responsabilidade nossa, a infelicidade também. E, adicionalmente, se a felicidade era convertida em projeto, ela seria igualmente convertida em insatisfação interminável: jamais estaremos onde queremos estar; jamais seremos o que queremos ser; jamais teremos o que queremos ter. A felicidade moderna converteu-se numa vigília permanente: a vigília de Homens insatisfeitos; de Homens esmagados pelos seus próprios ideais de felicidade e perfeição. Viver com Brenin ensinou a Rowlands essa crucial diferença entre Homens e animais: nós vivemos mergulhados no tempo e nas nossas próprias teleologias pessoais. E a forma como desejamos sempre momentos que são posteriores ao momento presente impede-nos de viver qualquer momento de forma real e total. A infelicidade humana não nasce da nossa ignorância ou da nossa imperfeição. Muito menos da ignorância ou da imperfeição das nossas sociedades. A infelicidade humana é um produto da nossa específica temporalidade. Resta uma questão final: serão os Homens superiores aos animais? A resposta de Rowlands talvez seja a mais honesta: depende do que entendemos por "superioridade". Sim, um lobo jamais pintaria o teto da Capela Sistina. Mas será a Capela Sistina uma necessidade para um lobo? Ou, pelo contrário, será antes uma necessidade para nós? Uma forma de completarmos a parte que nos falta das várias partes que nos faltam?

"1984" é hoje...

...mas em vez do "Grande irmão" são os "grandes irmãozinhos", ditaduras de si mesmos...

Uma das maiores idiotias de Lula

quinta-feira, 26 de março de 2009

Projeto de lei de Cristovão Buarque!

Projeto de Lei do senador Cristovão Buarque que fixa que os agentes públicos devem ter seus filhos matriculados em escolas públicas. talvez isso possa "ajudar" na melhoria do ensino básico e fundamental. Acompanhe o projeto aqui.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O fervor de Rossini

Fim da gratuidade da last.fm

Péssima notícia: a famosa last.fm, que vem faz algum tempo enchendo meu quarto com as músicas das mais variadas não será mais de graça. Só nos EUA, Reino Unido e Alemanha continua o serviço como é. A nova confirguração, ou seja, aquela que quer arrancar nossos níqueis, começa a partir de 30 de março. Quem dá a notícia é uma matéria do La Stampa.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Pondé na Folha

Pondé, hoje na Folha:
"[...] Volto hoje ao relativismo (sou um obsessivo, já perceberam?), apontando outro impasse. Há alguns dias, na Escandinávia (aquele lugar onde a humanidade deu certo porque as pessoas têm os afetos corretos, as opiniões corretas, os sexos corretos e os lixos corretos), especialistas se reuniram para debater os direitos humanos. De repente, uma ansiedade toma conta da plateia:
não seriam os direitos humanos uma invenção eurocêntrica? Oh! E aí? É justo aplicá-la a todos? O problema surge quando se pergunta: e se alguma "cultura" se sentir ofendida com tais "direitos"? Uma solução seria dar às "culturas" a chance de dizer "não" ao que as agredir na sua integridade. Típica solução da ética festiva do relativismo de salão. Mas como aplicá-la? Como evitar que a ideia de direitos humanos invada a praia dos "outros"?
Vejamos. Onde acaba uma "cultura" e começa outra? Portanto, "quem" teria o direito de dizer "não"? "Quem" ou "o que" seria "uma cultura"? Quem falaria pelas "culturas"? Quem diria "não"? O presidente do país? Delegados da ONU? Xamãs? Alguma ONG?
Fundamentalistas? O "povo"?
Aquele mesmo que normalmente passa por cima de todo mundo, movido seja lá pelo que for?
E mais, que tal pensarmos em alguns "nãos"?
Não à democracia. Não à emancipação feminina, nada de mulheres estudando coisas que complicam o dia-a-dia do patriarcalismo. Não ao aborto. Não à pesquisa com células-tronco. Não à universidade laica.
Não à condenação da "circuncisão feminina". Não à condenação de massacres intertribais na África (afinal, é da cultura deles se matarem, há milênios). Não à transfusão de sangue. Não à proibição de matar bebês com más formações. Não à tolerância religiosa. Não à imprensa livre (aqui talebans de todos os tipos poderiam repudiar tudo de que não gostam). Não ao homossexualismo.
Não às vacinas (isso seria mais típico de quem abraça árvores). Não ao casamento interracial. Não à internet (grande risco de promiscuidade cultural). Não ao sexo fora do casamento. Não aos imigrantes estrangeiros."

quinta-feira, 12 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

"Ditadura" para quem?

Pondé, ontem na Folha:

"O golpe de 64 marca um mito fundador da esquerda brasileira. Sem ele, muita gente não teria carreira intelectual ou política. Teria soçobrado no esquecimento. Neste sentido, além de horroroso fato histórico, ela cumpre uma função mítica facilitando certas identificações, que, com o tempo, podem não significar muita coisa [...] Nos anos 60 vivemos um "suspense" entre duas formas de totalitarismo. Quis a "história" que um vencesse. Tivesse vencido o outro, os assassinatos teriam sido aos montes; as perseguições, em vez de apoio da CIA, teriam apoio da KGB. Milhares de pessoas (as ditaduras comunistas adoravam grandes cifras) teriam sido torturadas e mortas em nome da revolução socialista (assim como acabaram sendo em países onde os "ídolos" de muitos dessas "vítimas" venceram a batalha). A monstruosa revolução cultural chinesa tinha apoio de muitos dos nossos "santos de 64".
Além disso, existe a dúvida acerca dos "resultados" -comunistas foram incompetentes. Seria bom acordarmos numa grande Cuba? Talvez hoje estivéssemos pior economicamente, atolados numa burocracia e num sistema marcado pelo medo e pelo atraso histórico. De alguma forma, fomos salvos do pior?"

segunda-feira, 9 de março de 2009

Contenção com emoção

Que o mundo tecnológico, aquele dos notebooks, palms e ipods é uma maravilha, isso é. Poder ouvir a música que você quer, aonde quer e quando quer é de uma liberdade profunda e avassaladora. Nada mais livre. Amo a liberdade, por isso amo meu ipod. O complicado é que essa liberdade, às vezes, sobe a cabeça da pessoa e ela começa, em um espaço público no qual deve ter um mínimo de respeito com o outro (por exemplo, dentro de um ônibus de viagem), a cantar suas musiquinhas em alto e bom som. Se numa praia deserta, tudo bem. Seria a liberdade tecnológica usufruida em estado de êxtase inebriante. Mas, dentro de um ônibus, calma lá, né? Sei que há momentos em que a música nos leva a um estado de euforia incontido, e que é preciso soltar a voz, em alto e bom som. O problema é quando essa música é "Índios", do Legião Urbana... Bem, que Camus um dia nos disse que o suicídio é "o" problema filosófico por natureza...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Beckett em cartas

As cartas (1929-1940) do escritor e teatrólogo de Esperando Godot, Samuel Beckett, são publicadas nos Estados Unidos em seu primeiro volume. As cartas foram descobertas em arquivos e coleções privadas, o que fez a universidade de Cambridge apostar na publicação.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Pesadelo de Ícaro

Quando escuto essa breguice lembro-me de mim pequeno, chorando e implorando pro meu pai me levar embora de alguma festa que já passava das 21... Lá pelos inícios dos 80... Acho que com uns 20 anos de análise me recupero, né?

A nossa ditabranda

O historiador Marco Antonio Villa, da Universidade Federal de São Carlos, dá um tom a mais no debate, depois que um editorial da Folha de 17 de fevereiro passado falou em "ditabranda" para designar a ditadura do Brasil. Abaixo segue alguns trechos de seu artigo de hoje publicado em "Tendências/Debates".

"Ditadura à brasileira

[...] É curioso o processo de alguns intelectuais de tentarem representar o papel de justiceiros do regime militar. Acaba sendo uma ópera-bufa. Estranhamente, omitiram-se quando colegas foram aposentados compulsoriamente pelo AI-5, como Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Emilia Viotti da Costa, entre outros; ou quando colegas foram presos e condenados pela "Justiça Militar", como Caio Prado Júnior.
Muitos fizeram carreira acadêmica aproveitando-se desse vazio e "resistiram" silenciosamente. A história do regime militar ainda está presa numa armadilha. De um lado, pelos seus adversários. Alguns auferem altos dividendos por meio de generosas aposentadorias e necessitam reforçar o caráter retrógrado e repressivo do regime, como meio de justificar as benesses. De outro, por civis (estes, esquecidos nas polêmicas e que alçaram altos voos com a redemocratização) e militares que participaram da repressão e que necessitam ampliar a ação opositora -especialmente dos grupos de luta armada- como justificativa às graves violações dos direitos humanos"

McCarthy e Ringo juntos

Novidade para os beatlemaniacs: McCartney e Ringo Star voltarão a tocar juntos em 4 de abril em Nova York. Pelo menos uma música saíra com ambos tocando. Parece uma informação meio psicodélica, pois quem promove o evento que os dois beatles tocarão é David Lynch, o direto do alucinante Mulholland Drive.
E pra quem é fâ mesmo dos Beatles e quer tem até mesmo o nome do grupo estampado em seu currículo, já está rolando o curso "Beatles, musica popular e sociedade", oferecida pela Liverpool Hope University.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vem kafka!

Foto Reuters
"Sim! Vem kafka comigo, sim, gosto de tudo o que eu gosto!"

Sempre a França



Como o mundo dito pós-moderno é criativo! Lembrando "maio de 68", sem barricadas e violência, os estudantes e professores franceses protestam sobre reforma universitária proposta por Sarkô (não perguntem, pois não sei do que se trata). Como? Com flash mobs e happenings, aquela nova "arte conceitual" dos moderninhos, ou pós-moderninhos. Daniel Cohn Bendit apoia, saudoso de suas estripulias pelo Quartien Latin em 1960. Veja esse flash mob, que curioso. Pra mim, na verdade, parece um bando de lunatics. Além disso, correm algumas imagens "simpáticas" do presidente francês, como se vê aí acima. Sempre a França, sempre ela!

Fais mes devoirs!


Os adolescentes, cada vez mais mergulhados e dependentes da web, podem agora se esquivar das próprias tarefas de casa com a ajuda do faismesdevoirs.com. Se o "copia-e-cola" é corriqueiro nos trabalhos entregues aos professores na universidade, os mais jovenzinhos poderão agora pagar seus 5 euros, da mesada do papai, e sair com o "Para-casa" feito. Ah, se isso existisse na minha época! ...Não aconteceria nada, pois não teria 5 euros pra pagar por um deverzinho de casa...

terça-feira, 3 de março de 2009

A verdade de Jaspers


Karl Jaspers (1883-1969)
"É um direito da humanidade que a busca da verdade prossiga em toda a parte, sem constrangimento"

*Algumas outras máximas sobre a verdade e a universidade.

Ah, Connie, who's sorry now?

Moral e capitalismo por JPC

João Pereira Coutinho explica bem a moral e a origens da riqueza a partir de Adam Smith em seu artigo de hoje. Aí vai um aperitivo:

"Hoje, basta olhar para as sociedades ocidentais para ver como Smith tinha razão. Sim, o capitalismo está longe de ser a resposta milagrosa para os problemas do mundo, desde logo porque só um fanático acredita que existem respostas milagrosas para os problemas do mundo. Mas, parafraseando Churchill sobre a democracia, o capitalismo é o pior sistema econômico, com a exceção de todos os outros. O capitalismo não permite apenas a criação de riqueza; como se vê em qualquer sociedade ocidental, é precisamente porque existe riqueza criada que é possível "redistribuir", combatendo a miséria extrema. Quando não existe riqueza criada, não existe espaço para nenhuma "benevolência" ou "simpatia". Existe só o mundo hobbesiano que Phillips tanto teme: onde nem a sobrevivência está garantida.
Aliás, se dúvidas houvesse, bastaria perguntar a Phillips onde ele preferiria ser pobre: na Inglaterra capitalista ou na anticapitalista Coreia do Norte? Desconfio de que a Inglaterra seja mais simpática."

Obama e Rússia

Obama ofereceu um acordo com a Rússia: caso os russos se disponham em conter o programa atômico iraniano, os EUA desistem do escudo anti-mísseis que está planejado para a Europa oriental, o que é inconcebível para os eslavos. em sua ânsia de manter a capenga política para os antigos países da Cortina de Ferro. A Rússia faz o joguinho pré-queda do muro e os ocidentais entram nele. Nada se fala sobre os abusos aos direitos humanos que acontecem no maior país do mundo. O costume corriqueiro de matar adversários políticos, tão adorado por Stálin, continua com Putin e seus amiguinhos, que dominam a cena e assim querem ficar. Os ocidentais, principalmente do Velho Continente, não dão nem um piu. Qualquer "piadinha" pode fechar a torneira do gás que abastece a indústria e esquenta as casas dos europeus.

O século de Max

Acaba de chegar-me o famoso e polêmico livro de Alasdair MacIntyre, Depois da virtude. (Bauru: EDUSC, 2001). Como tantos outros livros que me chegam, falo "alô" pra ele, leio a introdução, passo os olhos em algumas partes, deixo ele vivendo sobre minha mesa por volta de uma ou duas semanas até me resignar de que não é o momento de ler nada mais profundamente, a não ser aqueles que têm a ver diretamente com a minha querida e amada tese, que caminha, creio eu, confiando em Deus, para os seus finalmentes. Numa dessas partes que passam pelos olhos li uma coisa muito interessante: MacIntyre afirmando que a visão contemporânea do mundo é predominantemente weberiana. Isso em 1981 levantava muitos protestos, entre liberais, "marxistas" e "marxianos". Os primeiros diriam contra o argumento que o mundo é marcado pela pluralidade de valores, de uma multiplicidade de visões. Já os socialistas argumentavam que a visão de mundo era marxista. Aos primeiros MacIntyre afirmava que a pluralidade é tema fundamental de Weber. Aos segundo dizia que "quando os marxistas se organizam e se movem rumo ao poder sempre se tornam e sempre se tornaram substancialmente weberianos, mesmo que permaneçam marxistas em retórica [...] não conhecemos movimento organizado rumo ao poder que não seja burocrático e administrativo em modo e não temos conhecimento de justificativas para a autoridade que não sejam weberianas". Como estampou-se uma vez na Mais! da Folha de S. Paulo, numa enquete sobre os livros mais importantes do século XX, "o século que deveria ser de Marx é de Max".

segunda-feira, 2 de março de 2009

O centro e o todo


O Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais organiza nos dias 18 e 19 de março o evento O centro e o todo: Simpósio Internacional e Interdisciplinar de Experiência Elementar. Partindo do conceito de experiência elementar trabalhado por Luigi Giussani em seu livro O senso Religioso, que terá em breve uma nova edição no Brasil, o simpósio congregará pesquisadores de doze universidades diferentes oriundos da Itália, Espanha, Canadá, Japão e Brasil. Mais informações sobre o evento podem ser encontradas aqui.

Bandas do relativismo

Pondé descasca hoje na Folha de S. Paulo com a cultura relativista, muito em voga por todas as bandas que se dizem cultas e "curtas".

"A vida é sempre pior do que as festas. Relativistas culturais são, no fundo, puritanos disfarçados, gostam de "aquários humanos".
Os seres humanos são culturalmente promíscuos, e "a cultura" sem promiscuidade (trocas, misturas, confusões) só existe nos livros. Use internet, televisão, celulares, aviões e estradas, faça sexo ou guerra, e o papo do relativismo cultural vira piada. Na realidade, as pessoas lançam mão do argumento relativista somente quando lhes interessa defender a "tribo" com a qual ganha dinheiro e fama. O problema com o debate sobre os índios (ou qualquer outra cultura considerada "coitada") é a mitologia que ela provoca. Se, de um lado, alguns falaram dos índios (erradamente) como inferiores, bárbaros ou inúteis, por outro lado, os que "defendem" os índios normalmente caem no mito oposto: eles são legais e só querem viver "sua cultura", e eles não são "capitalistas" como nós, e blablablá. Índios gostam de poder como todo mundo, vide os índios "conscientes de seus direitos" devorando computadores, celulares e internet no Fórum Social, em Belém -ou ficam na idade da pedra mesmo e precisam que o Estado os defenda do mundo.
As culturas mais bem-sucedidas são predadoras e seduzem as mais fracas (ser mais bem-sucedida não implica ser legal). Por que levar medicina científica (invenção dos "opressores") para as aldeias? Não seria contaminação "cultural"? Vamos ou não brincar de "curandeiros"? Que tal abraçar árvores? Se você é católico e quer ser fiel aos seus princípios, você é um retrógrado; se você quer viver no meio da selva (com direitos adquiridos porque você é de uma cultura "coitada"), você é apenas uma tribo com direito a integridade cultural. O conceito de cultura é quase um fetiche do mercado das ciências humanas. Não que não existam culturas, mas o conceito na sua inércia preguiçosa só funciona no laboratório morto da sala de aula ou do museu. A vida se dá de forma muito mais violenta, se misturando, se devorando.
Nada disso é "contra" os índios, mas sim contra o relativismo como ética festiva. O oposto dele não é o obscurantismo, mas a dinâmica da vida real. O relativismo é um (velho) problema filosófico e um "dado" antropológico. Um drama, e não uma solução."

E nossos filhos?

Andava semana passada pelos prédios da universidade e quando passava na frente de um diretório acadêmico de um curso da Humanas deparei-me com a seguinte mensagem escrita em letras garrafais: "Dentro de todos vive um policial: mate-o". A mesagem é clara e nada subliminar. A polícia é vista por certos grupos que se dizem de esquerda como aqueles que não permitem a liberdade. Corromper a ordem, burlar as normas, todo aquele palavreado moderno da "transgressão", anabolizado pelo pensamento de "maio de 1968", é o discurso que permeia a cabeça dos jovens romântico-chique-revolucionários. "Polícia para quem precisa, polícia para quem precisa de polícia" é a música que ecoa pelos corredores. A polícia faz parte do aparelho de Estado burguês, e deve ser colocada em cheque. É isso que clamam. Clamam até mesmo por violência e morte. Coitados de nossos filhos, futuros alunos desses futuros professores.

domingo, 1 de março de 2009

Primeira razão

São as palavras de Otto Maria Carpeaux que encabeçam tudo o que possivelmente virá à tona nesse espaço. Cansado do academicismo engolfante que me afasta da poesia da vida e me quer apenas escravo de teorias e teorias, com seus respectivos "cães de guarda metodológicos", lanço-me na aventura do pensar e do falar, sem compromisso com qualquer idéia que seja, mas apenas compromissado comigo mesmo, nessa peregrinação longa e tortuosa, mas também cheia de amor, que é a vida.